Vítima de feminicídio pode ter tido o corpo queimado em forno de cal em Córrego Fundo, diz polícia

Ex-companheiro da vítima e atual namorada foram detidos Há a suspeita de que a mulher estava grávida. Corpo não foi encontrado pela perícia da Polícia Civil. Imagem de vídeo que circula nas redes sociais onde homem estaria asfixiando a vítima de 29 anos.
Reprodução/Redes sociais
Uma mulher de 29 anos foi esfaqueada, asfixiada e morta em Córrego Fundo, no Centro-Oeste de MG. A suspeita da Polícia Militar (PM) é que o corpo foi incinerado em um forno de cal. Um homem de 26 anos e uma adolescente de 17 anos, que são namorados, foram detidos na quinta-feira (27). Há a suspeita de que a vítima estava grávida.
De acordo com a PM, após imagens do assassinato da mulher serem divulgadas nas redes sociais, durante a madrugada, militares foram até o Povoado Comunheira e encontraram uma blusa preta em um cafezal, parecida com a utilizada pela vítima, com manchas de sangue. Um pedaço de pau e fios de cabelo também foram encontrados no caminho. Além desses vestígios, a polícia achou sangue próximo ao forno de cal.
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A perícia da Polícia Civil foi chamada, mas o corpo da vítima não foi localizado. Do local, a polícia apreendeu uma faca, um pedaço de madeira, dois telefones celulares, um par de tênis, uma mochila e uma pochete.
A principal atividade econômica de Córrego Fundo e região é a produção de calcário. Por isso, em diversas fazendas existem fornos, onde a pedra de cal é queimada em alta temperatura até ser refinada e virar pó.
Dupla confessou o crime, mas homem voltou atrás
Faca e demais apreendidos
PM/Divulgação
Após buscas, a PM apreendeu os dois suspeitos que foram encaminhados para a Delegacia Regional de Formiga. O homem teve a prisão em flagrante ratificada pelos crimes de feminicídio e corrupção de menores, enquanto a adolescente foi apreendida por ato infracional análogo a homicídio.
A adolescente relatou ter um relacionamento com o homem e assumiu ter esfaqueado a mulher pelas costas. Já em relação a ter ocultado ou queimado o corpo, ela permaneceu em silêncio.
De acordo com a polícia, o homem chegou a confessar o crime, mas após conversar com um advogado mudou a narrativa, informando que a vítima tinha documento com outro nome e que ela supostamente abortou o filho.
Em nota, a Polícia Civil informou que o homem já tinha passagens por tráfico de drogas, roubo e violência doméstica.
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