Entre janeiro de 2016 e julho de 2023, a cidade registrou 36 casos de crimes motivados pelo preconceito, segundo dados do Governo de Minas Gerais. A maioria das vítimas tem entre 24 a 29 anos. Bandeira LGBTQIAPN+
Pixabay
Em Divinópolis, 68,18% dos suspeitos de cometerem crimes contra a comunidade LGBTQIAPN+ não foram detidos ou levados às delegacias. A informação é do Painel de Crimes com Causa Presumida LGBTQIA+fobia, do Governo de Minas Gerais. A ferramenta foi lançada neste ano e conta com dados coletados por meio do Registro de Eventos de Defesa Social (Reds).
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Conforme o levantamento, Divinópolis é a 12ª cidade do estado com mais crimes. Entre 2016 a julho de 2023, foram 36 ocorrências, sendo 46 vítimas, já que em um único registro pode ter mais de um envolvido.
Desde o início da contabilização, os anos de 2017 e 2022 foram os que tiveram o maior número de notificações, sendo 8 registros em ambos os períodos. Em seguida, aparecem 2018, 2021 e 2010. Confira abaixo os números detalhados no gráfico, elaborado pelo g1.
Confira na matéria, ainda, quais foram os crimes, idade das vítimas e outros.
Como foram classificados os crimes?
13 ocorrências envolvendo ameaça;
11 crimes foram classificados também como injúria;
lesão corporal, agressão e outros tipos também aparecem no ranking do painel.
Qual foi o ‘instrumento’ utilizado nos crimes?
Dos 36 registros, 24 das vítimas foram agredidas através da fala;
Uma pessoa foi vítima de ameaça, enquanto três foram chegaram a ser agredidas fisicamente;
Outras sete foram vítimas através da internet.
Em qual local os crimes foram registrados?
Dez dos crimes foram registrados na rua;
Outros 11 foram em casa ou apartamento;
quinze foram em estabelecimentos comerciais.
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Qual a relação entre o agressor e a vítima?
20 dos agressores não tinha algum tipo de relacionamento com a vítima;
Outros dez dos agressores não foram citados;
oito deles foram considerados amigo/conhecido;
quatro tinham algum outro parentesco e outros quatro eram colegas de trabalho.
Qual era a idade das vítimas?
As idades que mais apareceram foram de 20 até 24 anos e 24 até 39 anos;
Crianças e adolescentes de 10 até 15 anos e jovens com mais de 19 anos também foram vítimas.
Os agressores foram conduzidos à delegacia?
A Sejusp identificou 22 agressores nas 36 ocorrências registradas em Divinópolis;
Apenas 7 deles foram conduzidos ou detidos;
Enquanto outros 15 não chegaram a ser presos ou conduzidos para a delegacia.
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Quase 70% dos que cometem crimes contra a comunidade LGBTQIAPN+ não são levados à delegacia em Divinópolis
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