Biomédica de Divinópolis é investigada por questão de ética no Conselho Regional de Biomedicina


Lorena Marcondes é proprietária de uma clínica de estética na Rua São Paulo, no Centro. A profissional é suspeita da morte Íris Martins, de 46 anos, após uma lipoaspiração. Biomédica Lorena Marcondes
Reprodução/Instagram
A biomédica Lorena Marcondes, presa nesta terça-feira (9) em Divinópolis suspeita da morte de Íris Martins, de 46 anos, após um procedimento de lipoaspiração, é investigada em diferentes processos éticos no Conselho Regional de Biomedicina (CRBM).
Em nota à TV Integração, o Conselho afirma que os processos correm em sigilo, como orienta a legislação da categoria por meio do Código de Processo Ético. Entretanto, alerta para que as pessoas se informem sobre o profissional antes de contratar o serviço.
Além da biomédica, a enfermeira que auxiliou no procedimento estético, Ariele Cristina de Almeida Cardoso, também foi presa e levada para a unidade prisional. O g1 entrou em contato com o Conselho Regional de Enfermagem (Corem-MG), para saber a situação de Ariele e aguarda retorno.
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Clínica irregular
Nas redes sociais da clínica, Lorena divulgava os benefícios da lipo a laser sem cortes, afirmando que era um protocolo exclusivo desenvolvido por ela com resultado igual à cirurgia, mas sem intervenção, com praticidade e segurança.
Lorena se apresenta em seu site como biomédica pós-graduada em estética avançada, especialista em harmonização e especialista master em harmonização masculina.
A clínica, que fica na Rua São Paulo, no Centro, foi interditada. A Vigilância Sanitária informou que o estabelecimento estava realizando procedimentos invasivos não declarados ao setor municipal.
“Ela é uma biomédica e pode realizar em seu estabelecimento procedimentos minimamente invasivos. Tudo indica que não foi o que aconteceu”, disse a diretora de Vigilância em Saúde, Érika Camargos.
Em nota ao g1, a assessoria jurídica da profissional informou que “nenhum erro ou má prática profissional ocorreu e que reações adversas ocorrem em qualquer intervenção no ser humano, tanto estéticas, quanto terapêuticas. A ocorrência de uma reação adversa e eventuais efeitos desagradáveis não tem vinculação necessária com um equívoco técnico ou inabilidade profissional, pelo contrário”.
Morte de paciente
Íris Dorotea Nascimento Martins
Reprodução/Redes Sociais
Íris teve que ser socorrida depois de se sentir mal ao passar por um procedimento na clínica de estética de Lorena, na manhã de segunda-feira. De acordo com o Samu, ela estava inconsciente e com parada cardiorrespiratória.
A equipe realizou as manobras de ressuscitação, utilizou um desfibrilador e conseguiu reverter a parada após 20 minutos.
Ela foi intubada e encaminhada para a Sala Vermelha do CSSJD onde, em seguida, foi levada para o CTI em estado grave. Ela não resistiu e morreu na noite de segunda-feira (8).
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