Gigante asiática do e-commerce acertou parceira com a Santanense, companhia de tecidos que tem unidades industriais em Pará de Minas e Itaúna, no Centro-Oeste de MG. Shein fecha parceria com empresa que tem unidades em Pará de Minas e Itaúna
Anna Lúcia Silva/Divulgação
Dias após a divulgação de que a Shein, gigante asiática de e-commerce, acertou parceria com a Santanense, companhia de tecidos que tem unidades industriais em Itaúna e Pará de Minas, o g1 ouviu prefeitos das duas cidades para saber sobre as perspectivas quanto aos investimentos que serão feitos pela gigante asiática.
A divulgação da parceria ocorreu no mesmo dia em que a Shein anunciou que irá investir R$ 750 milhões no Brasil nos próximos anos. A ideia da companhia é estabelecer uma rede com milhares de fabricantes do setor têxtil no país.
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Em Itaúna, município com 95 mil habitantes, a Santanense emprega cerca de mil pessoas de forma direta. Segundo o Executivo, a parceria vai beneficiar não só na geração de empregos, mas também vai impactar diretamente o PIB do município.
“É uma parceria extraordinária para recomposição de fluxo de caixa e normalização da produção. Seguramente, serão retomados os níveis de produção. Estamos muito entusiasmados”, disse o prefeito Neider Moreira.
Em Pará de Minas, o prefeito Elias Diniz disse que recebeu a notícia com grande alegria e que a parceria vai impactar de forma significativa na economia local.
“Com certeza vai trazer para a nossa cidade mais divisa, mais geração de emprego e renda e o PIB vai melhorar significativamente. Esse investimento vai provocar ainda mais o mercado interno, abrindo novas janelas de oportunidades, evitando que a gente tenha todo um processo apenas de importação. A partir do momento que a gente produzir esse tecido, estampar e fazer com que esse produto seja agregado na produção de camisas, vestidos, calças, as duas cidades e o Brasil vão ganhar muito”, destacou o chefe do Executivo.
“Reforço de capital de trabalho”
Além da parceira com a Santanense, a Shein também acertou com a Coteminas. Segundo o documento publicado pela Springs Global, empresa controladora das fabricantes mineiras, o memorando assinado com a Shein envolve o financiamento da varejista asiática para “reforço de capital de trabalho” das duas companhias brasileiras.
Inclui ainda contratos para exportação de “produtos para o lar” e esforços para que 2 mil dos confeccionistas das empresas brasileiras passem a ser fornecedores da asiática “para atendimento do mercado local e regional”.
Investimentos no Brasil
A ideia da varejista é fornecer tecnologia e treinamento a fabricantes brasileiros para que eles atualizem seus modelos de produção e adotem um formato sob demanda da companhia asiática.
“A Shein (…) anuncia hoje que fará um grande investimento no Brasil, a fim de tornar o país um polo mais moderno de produção têxtil e de exportação para a América Latina”, disse, em comunicado divulgado no dia 20 de abril.
Segundo a empresa de e-commerce, cerca de 85% de suas vendas no Brasil deverão ser de fabricantes e vendedores regionais até o final de 2026.
As medidas surgem após a polêmica em torno da ação do governo para pôr fim à isenção tributária para encomendas internacionais de até US$ 50 entre pessoas físicas, o que poderia ameaçar o reinado das empresas de comércio eletrônico asiáticas como Shein e Shopee no Brasil. Com a repercussão negativa, o governo voltou atrás na decisão.
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